Fui pra Ilha do Mel no carnaval.
Amei demais, mais do que devia.
Andei muito de barco.
(Todas paranaenses são bonitas?? Mesmo??? Acho que sim!!)
Carnaval acabou rápido.
Voltei pra São Paulo.
Fui trabalhar.
Cansei.
2×0 pro Corinthians.
Disco novo do Blur.
Subiu o nível da Cantareira.
Paguei meu primeiro IPVA.
A Dilma não reconheceu o embaixador da Indonésia.
Idosa é presa por não pagar pensão aos netos.
Sexta-feira, oito e meia da noite, eu ainda estava no escritório.
Volta pra casa.
Pega metrô.
Tinha uma japonesa bonita!
Chega em casa.
Senta.
Não tem cerveja.
Atende telefone.
Faz confusão atendendo como se estivesse no escritório.
Desliga telefone.
Atende de novo.
Dessa vez atende certo.
Desliga de novo
…
É difícil se recuperar do mundo quando se passa um carnaval inteiro isolado.
Faz uma semana que coloquei meus pés naquele ônibus pra aproveitar a vida, e parece que foi ontem que fiz isso.
Diante de tudo isso eu pergunto:
– Será que realmente estamos levando nossa vida à sério tendo atitudes mecânicas diariamente enquanto em um lugar bem distante têm pessoas que trabalham e aproveitam a paisagem ao mesmo tempo?
Será que São Paulo é mesmo a melhor opção pra viver?
Já ocorreu que este orgulho de viver em uma megalópole não passa de um suicídio diário?
Quando eu voltei fiquei confuso com as informações, até mesmo as que chegaram até mim depois da volta.
Estou me desabituando. Estou cansando.
Não precisa parar o mundo pra eu descer. Apenas reduza a velocidade pra eu poder voltar pra Ilha ou pra qualquer lugar onde as pessoas não possam me confundir. Um lugar onde eu possa, como diz minha amiga Sara, tirar férias de mim mesmo!
Pensando bem, não preciso de férias de mim mesmo!
Preciso mesmo é de férias de vocês!
– Caralho! Esqueci de ligar pra Larissa na quinta-feira! Estou fodido…
Kkkkk odeio PR. Masssss precisamos para um pouco….