D’Ele.


Partiu meia noite, mas deixou as costas ficarem.

Elas ficavam, para trás, esguias e famintas querendo devorar o rim esquerdo.

Mas ainda assim continuou caminhando… sem saber por Deus pra onde caminhar.

– Pra onde, meu Deus?

Ela com os seios caídos… Sorrindo Ele estava. Sorrindo com as mãos laçadas uma na outra.

Sorria e sorria.

– Deus, me fale! Aonde foi parar meus seios? Aonde está minha vagina que sangra perdida?

Com um sorriso no rosto Ele não dizia nada… Tudo aquilo era d’Ele. Pouco lhe importava os motivos. Mas Ele permanecia lá. Com as mãos laçadas, um jeito de nada, a unha encravada e um pé na estrada…

… – Continue andando, m’nha Praga!

2 comentários em “D’Ele.

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