Sim… Sou intolerante em boa parte de meu ser. E isso faz de mim uma pessoa quase misantrópica; deve ser por isso que tenho tão poucos amigos e não costumo me misturar com várias pessoas ao mesmo tempo. Suporto uma pequena quantidade delas por vez. Muitas vezes isso pode ser levado como timidez. Já me chamaram de uma “pessoa fechada”, “anti-social” e “extremamente tímida”. Para facilitar a vida de muitos, concordo quando dizem que sou uma pessoa tímida. Assim é melhor e está bem.
Não consigo tolerar pessoas com a cabeça fechada. Faço-me de educado, mas ofendo em pensamento os tipos: Fanáticos religiosos; fanáticos políticos (embora eu saiba muito pouco sobre política); gente que não tolera a diversidade e gente que se acha extremamente culta e não admite errar! E geralmente você pode encontrar estas características todas juntas em uma pessoa só! Conheço bons exemplos enfadonhos desse tipo de gente.
Sinceramente, vivo tropeçando nas minhas próprias pernas e sou estabanado na maior parte de minhas atitudes, mas me orgulho muito de mim mesmo por, mesmo beirando a burrice completa, não tenho nada a ver com estes exemplos que citei.
Ah, claro! Sim… Você tem razão se está pensando que também é um grande defeito detestar tanto as pessoas assim (escrevo isso quase generalizando a humanidade, pois é raro você encontrar pessoas que aceitam as mudanças da vida e que se abrem pra isso), mas me diga: Qual o motivo que faria eu desperdiçar meu tempo com pessoas tão banais?
Sim. Com esta atitude eu quase me igualo a eles. Com toda a certeza do mundo, tem razão se pensou nisso também; mas os motivos são completamente diferentes, e a causa é tudo!
Venho de família religiosa. Sou o único nela que não tem a certeza absoluta da existência de um deus com “D” maiúsculo, mas quando me dizem “vá com Deus”, respondo na mesma moeda e ainda digo “amém”. Isso por puro respeito ao próximo. Isso porque, aqui, ninguém tenta enfiar a bíblia pela minha goela. Eles me respeitam e eu os respeito. É uma troca de favores. E isso pode não ser aplicado, na verdade nem deve, apenas na ideia religiosa. Mas também no âmbito político, sexual, étnico e cultural.
Não digo que as pessoas não devem ter uma posição dentro da sociedade. Elas devem ter isso, mas devem guardar para si a menos que sejam questionadas sobre isso. A menos que sejam convidadas para uma conversa amigável em debate às causas. Ou, em ultimo caso, se forem agredidas por possuir opinião diferente. Neste ultimo caso eu, EU, viraria as costas e sairia andando, pois, como eu já disse, qualquer pessoa com fervor em suas opiniões não está apta para ouvir o que posso dizer. Não por eu ter razão, mas porque elas não irão me ouvir de qualquer forma. Então pra quê?
Já mudei muita coisa em que acreditava estar certo. Mostraram-me que eu estava errado. Um dia, quem sabe, eu encontre alguém que me faça mudar de opinião novamente. Não chamo isso de falta de personalidade, mas sim de aprendizado, evolução… É saber encarar um só assunto por diversos ângulos diferentes.
Se for pra gritar, não me pergunte o que eu acho sobre algum assunto.
Mantenha-se longe.
E pelas leis que regem o universo, se for falar asneiras na minha frente sobre “como é ridículo colocar duas idosas se beijando na televisão” ou sobre “Como os pobres são vagabundos e não gostam de trabalhar e ficam ‘mamando’ nas tetas de quem é mais favorecido” aguente minha cara feia e minha recusa em não querer participar dessa conversa, pois isso já nem é mais opinião, é absoluta intolerância!
“Mas você começa o texto dizendo que é intolerante”.
Sim, e também disse que sou burro. Não me cobre tantas verdades…
Ok. Vamos mudar de assunto.
É, não vale a pena…
Eita… ” intolerância e incompreensão… Festa… Velório…”