Elefante.


Existe uma dor em minha coluna.

Ela acompanha uma sensação ardente em algum caminho pelo qual minha urina desce. Não sei o que é, mas continuo andando. Fingindo que ainda estou vivo.

Vez ou outra meus pulmões parecem gritar por socorro. O ar não é suficiente.

Fico sozinho então!

Ora!

Não é isso o que os elefantes fazem?

Na minha cabeça tenho um baú.

Ele é repleto de lembranças boas e ruins!

Sua mão sua! – Você é nojento!

Eu não ligo pra sua mão que sua.

Essa unha… Você deveria procurar um médico!

Olha o quanto você bebe! Você é doente.

Fica estagnado no seu canto sem falar com ninguém enquanto a sujeira acumula.

Você só faz escrever e blasfemar! Você é um porco!

Quem quer ser assim?

Abre essa janela!

Tome chuva!

Acredite no amor!

Siga seu coração.

Cuidado com sua mente…

… Ainda bem que você não sabe atirar…

bang!

Você não é uma boa pessoa… Você não faz parte do que é… Você não se importa!

bang… bang…

Você não é um elefante!

BANG!

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