Estava cá pensando com meus botões…
Porque abandonar o blog? Eim?
Então venho trazer a notícia de que ele vai voltar, aos poucos, com a mesma corda de uns dois anos atrás! E para comemorar este comunicado, nada melhor que um continho fresquinho.
Depois de acordar muito cedo, esfregou seus olhos e olhou pela vidraça por onde os raios de sol entravam agitados. Era um dia de inverno e ele não queria estar de pé naquele horário. Ele detestava a cidade de São Paulo.
O dia estava com o céu bem azulado e sem nenhuma nuvem para atrapalhar a visão. O frio era de cortar os ossos de tal forma que nem o ar-condicionado dava mais conta do recado. Apesar disso, o dia estava lindo, mas era uma segunda-feira; não havia motivos para comemorar.
Como de costume, sentou-se frente ao televisor e começou a ver o noticiário. As mesmas palavras de sempre: “Jovem é espancado até a morte”, “O clima deve piorar na quarta-feira”, “O Dólar teve a maior alta nos últimos dois anos”… Ele estava cansado demais; talvez não tivesse dormido o suficiente ou, quem sabe, bebeu vodca exageradamente na noite de domingo. Não importa. O fato é que ele estava cansado.
Saiu disparado na direção do chuveiro e viu as gotas caírem geladas e se estatelarem no piso do lado de dentro do Box. “Ah, foda-se o banho” pensou ele agressivamente. Só conseguia pensar em sua ex-namorada. Aonde ela estava? Com quem teria dormido naquela noite que foi tão fria?
O Sol insistia em entrar pela janela da sala, e era possível ver isso até de lá do banheiro!
Só que ele não se importou.
Vestiu sua camisa e amarrou a gravata. Colocou por cima aquele terno batido que havia herdado de seu tio que tinha o dobro do tamanho dele. Respirou fundo antes de agarrar as chaves do carro.
Sua situação era sofrível! A ressaca tilintava em sua cabeça como quem não quisesse passar. Lembrou que nesses momentos o melhor a se fazer é beber água. Ligou a torneira e encheu seu copo. Deu um gole. O gelo desceu pela goela paralisando a palavra que ainda não havia sido dita desde a hora de seu despertar.
Naquele dia não haveria bom-dia. Ele não falaria nada durante seu trabalho. Ficaria quieto e mudo. Estava tudo congelado dentro de seu corpo. Não haveria reações a não ser digitar e entender; entender e digitar, passar o papel impresso à frente. Sentar na cadeira e voltar a digitar. O trabalho mecânico de seu dia-a-dia.
A água gelada fez o favor de lembrá-lo que não havia escovado os dentes; não havia feito a barba e, nem se quer, havia penteado o cabelo.
Desamarrou a gravata, desabotoou a camisa. Foi até a sala e fechou as cortinas. Naquele dia não haveria mais Sol. Chega de segunda-feira; chega de trabalho. Agora que estava tudo escuro, voltou para a cama e se cobriu. Pensou em sua ex-namorada novamente. Com quem ela transou naquela noite? Com quem ela trocou juras de amor. “Amor não existe”, pensou ele. “ Se amor existe mesmo, deve ter um milagre para meu dia que faça com que meu chefe não me questione demais por não ter isso trabalhar no dia de hoje!”…
E foi assim que ele passou o dia nove de julho solitário, dormindo em sua cama só para receber a noite congelante do dia seguinte… Sem saber que teria que acreditar no tal “amor”.
Hum… agora sim!! Ainda bem que, em vez de ir, o blog vai voltar! aiaiaii… vc sequer! sequer! (Elda pronunciando com terror nos olhos) …sequer!!! deveria pensar em fazer isso… :(((
Está frio mesmo… texto perfeito para essa noite de primavera kkk eu só fico aqui pensando pq o título é 32…acho que, enquanto o cara fica lá encucado, pensando onde tá a ex, ela deve tá dando pruns 32! =O
Boa noite!
Eu encontrei um “milagre” para seu chefe não questioná-lo por ter faltado ao trabalho… 9 de julho era feriado, seu bobo… rsss
Vc nem tinha que ter ido mesmo…. kkk 😛
Saudade do meu Charrinho… um bjo, amore!
É sempre bom ler ‘vc’… 😉