Meus ouvidos estão entupidos.
Como você pode vir e roubar minha audição? Quem foi que te deu este direito.
Sacudo a cabeça de um lado para o outro, mas não adianta. Meus ouvidos não voltam ao normal e nem você sai da minha cabeça… Quem foi que te deu o direito de entrar?
Você entra em meu lar, não fala comigo direito. Troca minhas peças de bronze pelo mais reluzente ouro e deixa apenas o perfume onírico em minha mente, depois diz que não poderá vir. O tempo passou e você não esqueceu… Mas quem te deu o direito de lembrar?
Deixe-me com as musicas que não posso mais ouvir. Nem esse direito você me deu. E foram tantas noites perdidas lembrando-me de seu cheiro que nunca senti. De sua pele que nunca toquei. Das palavras que nunca me disse, apenas escreveu… Quem te deu o direito de riscar?
Não. Não fale mais nada. Não me deixe recados. Não me escreva nada. Dou meia volta no corredor pra sentir mais uma vez o cheiro de mofo que me acompanha… Há um bom motivo pra isso? Ainda não os ouvi. Apenas tenho ligações que você não atende. Nem se quer conheço sua voz… Quem foi que te deu o direito de falar?
Engulo carvões pra acabar com o frio no estômago. Tomo veneno pra matar as borboletas em minha barriga. Só peço, pelo amor de Deus, que me responda: Quem te deu o direito de voar?
– Cézar de Campos Pazzini
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Amigos e amigas!
Como vão vocês?
Eu? Muito bem e obrigado por perguntarem.
Agora estou encarando um novo momento na minha vida. Devo dizer, ou melhor, salientar, que as coisas vão melhorar… Só depende de mim. Como eu havia dito em meados do ano passado, este 2011 é de muitas novas… E já começou assim.
Muitas coisas novas aconteceram de uma hora pra outra, foi apenas começar este ano.
Cabe a mim dar estas explicações pelos últimos “posts” que parecem ser meio pra baixo, chatos. Mas são apenas idéias que eu não queria perder, mas a verdade é que tudo está bem.
Afinal de contas, existem portas abertas por aí pra se entrar. Ainda não entrou ninguém, mas é bom o frescor que vem de fora.
Ósculos e Amplexos.
(“Quem te deu o direito?”)
É sempre assim… quanto mais pisa, mais a gente ama…
E sofre…