Ah… Mas acontece que se eu não acredito em mim, me ferro. Não consigo nada. Já não consigo muita coisa que eu quero, mesmo acreditando, quase nada… Bem pouquinho.
Eu tenho que acreditar no que escrevo. Cada linha que eu sangro significa muito para mim, e eu acho que um dia, quem sabe depois que eu for fazer turismo pelo inferno, tudo o que eu tenha escrito se torne importante, reconhecido… As pessoas me amarão pelo que escrevo, e não pelo que sou, e isso é uma grande vantagem, tendo em vista que as coisas que crio são, de fato, mais interessantes que eu mesmo; ninguém cria nada menos interessante que si mesmo.
Ah… Sei lá… A verdade é que ontem fiquei me perguntando por que escrever tanto. Não sei… Talvez eu tente fugir da merda de pessoa que sou desde pequeno… Raciocinando por um lado, pode ser que você tenha razão sobre isso. Às vezes posso ser injusto, egoísta; mas juro que não é por mal. Aí fico bravo e escrevo, escrevo e continuo escrevendo. E pra que escrever? Pra me exibir, pra todo mundo ficar dizendo “nossa, Charro! Que legal”… É como o Cazuza dizia em uma de suas músicas “Canto pra me mostrar, de besta, de besta de besta…”. Eu escrevo de besta, pra me mostrar, mas juro que se eu fosse uma pessoa demasiadamente ruim, escreveria muitas coisas absurdas sobre mim e as pessoas que me rodeiam! Eu escreveria sobre minha vida sem ter que deixar nada subliminar. Mas aí as pessoas me odiariam. Se expusesse a forma que penso sobre toda essa bola de merda que pisamos, as pessoas me odiariam. Ou não! Talvez simpatizassem comigo… Sei lá… Ah! Chega disso. Existem pessoas mais lixo do que eu por aí. Então, deixem-me em paz.
Sou uma merda de pessoa com meus vícios. A maioria das pessoas têm vícios, e alguns piores que os meus… Tem, gente que tem vicio de matar, outros tem o vicio de machucar, de ferir… Vicio de pisar nas pessoas… Eu apenas gosto do meu cigarro e da minha lata de cerveja do lado do computador enquanto escrevo, e eu preciso disso… Não sei o motivo, mas preciso… Mas estou no meu canto, fazendo mal apenas a mim mesmo… E no fim das contas quem morrerá cedo sou eu, o máximo que terá que fazer, ou melhor, o máximo que terá que agüentar, será as coisas que deixei escrito… Aí você vai pegar os textos, vai entrar nesse blog, vai ler tudo como nunca quis ler… Vai ler os inúmeros textos que eu mandei e você nunca terminou de ler… São textos de merda, eu sei, mas quando tudo acabar, todos eles serão os únicos “Best Sellers” que você lerá!
Agora vou comer meu Kinder ovo*. Tomara que venha uma surpresa bem legal! Hoje é um dia que pede uma boa surpresa, uma surpresa gostosa… Quem sabe o Kinder não faz isso por mim?! Quem sabe não venha um 38 pra eu montar…
*Post Scriptum: Não veio 38 coisa nenhuma. Veio um quebra cabeça de urso 🙂 Não são cinco mil peças, mas é um quebra cabeça!!