Sérgio acorda cedo.
Pensa: Nada de coisas chatas hoje. Hoje é quinta e as coisas começam a não importarem mais. Vamos ter um dia divertido, para cima…
Arruma-se e toma seu café da manhã como todo santo dia.
Sérgio sai de casa para o trabalho.
Sérgio chega ao ponto, pega o ônibus e se alegra – “ Nossa! Que rápido!! Vou chegar cedinho!”
Sérgio enfia a mão no bolso.
Sérgio vai até o motorista.
– Por favor. Abre pra mim que vou descer no próximo ponto. Esqueci a merda do bilhete.
Sérgio caminha puto para casa com um ponto de distância. Passa pela creche onde ficava quando pequenino. Sérgio olha as crianças e pensa: Sou um fodido às Sete e quinze da manhã.
Sérgio pensa em ficar em casa até a hora do almoço. O dia já não começou legal.
Sérgio desiste. Pega o bilhete e vai pro ponto vinte minutos depois do rotineiro.
Sérgio vê pessoas que sempre via quando estava atrasado, ou seja, pessoas que diariamente estavam com ele no ponto de ônibus.
Sérgio sorri de canto de boca.
Ele entra na lotação. Respira fundo… Merda cheia.
Passa a catraca quase que saltando. Mochila de um lado. Sérgio do outro. Antigos companheiros de ponto logo atrás. “O que falta acontecer, meu Deus?”
Sérgio vai para o fundo. Sorrisos aqui, sorrisos ali. Todos a postos. Começa o embate.
Sérgio ainda pensa o que falta. Devia ter ficado em casa assistindo desenho… Quem sabe ainda até passa Avatar! Não. O dia não poderia ser ruim só porque esqueceu o bilhete, se atrasou, teve o péssimo humor de volta… Não. Vamos à luta!
Embate vai de vento em popa. Olhares fixados. Sorriso de desafio. Lotação freia. Sérgio em posição favorável. Um a zero para o Sérgio.
O dia está apenas começando.
Penso que deveria fazer outros Blogs para escrever tudo o que tenho vontade. Tem dias em que penso em fazer mais de um “post” no dia, mas não dá, né? Tenho que manter um ar de expectativa para o próximo texto.
Nesses últimos dias eu estou tendo uma vontade de escrever absurda… Quando a gente meio que fica calado, sem conversar por boa parte do dia, dá vontade de escrever.
Porque de noite ao mesmo tempo em que as coisas fazem sentido, elas ficam completamente turvas? Os sentimentos meio que se descontrolam à medida que a meia-noite se aproxima, mas ultimamente eu até que tenho sido um bom domador de sentimentos. Só espero não ficar feito um elefante de Circo. Por mais que seja grande e forte, se você o amarra num toquinho de pau preso ao chão, ele não sai de lá; pois acredita que não tem forças para estourar a corda, afinal de contas, desde pequeno foi condicionado a isso.
Mas eu não sou um elefante, apesar de querer muito o ser em uma próxima encarnação.
Ah, meu… Dane-se.
Nem sei porque estou postando isso.
No próximo “Post”: Esportes.
Minha bicicleta é azul…fui comprar pão ontem!
te amo Sé!